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sábado, noviembre 28, 2009

Espetáculo mistura documentário e ficção no Crato

Espetáculo mistura documentário e ficção no Crato

foto: Adelmar Filho

foto: Adelmar Filho

Construindo João, do casal de estrangeiros BiNeural-MonoKultur,dá oportunidade para público conhecer um pouco mais sobre a vida de cratenses enquanto acompanha peça encenada nas ruas

Quais são os limites entre o real e o fictício? Difícil responder; mais ainda para quem acompanha Construindo João, do casal Ariel Dávilla e Christina Ruf, o BiNeural-MonoKultur. A “intervenção cênica documental”, como os dois chamam o espetáculo, mistura ficção à vida real de alguns moradores da cidade de Crato, onde a obra é encenada.

João, interpretado pelo ator de Juazeiro do Norte Joseph Olegário, é um homem que sai pelas ruas de Crato em busca de uma mulher desaparecida. Nessa procura, ele sai da casa de “Dona Côca”, na Rua José Carvalho, e passa por locais como o Sebo Kariri, o Salão Belezarte e a Barberia Salon Elite, onde a peça é encerrada. O público, por sua vez, segue João ouvindo a narração da trama em fones de aparelhos de MP3.

No trajeto, quem assiste ao espetáculo tem a oportunidade de conhecer não só a história de João, mas também dos cratenses que participam da peça interpretando a si próprios. Esse mecanismo de criação obrigou o argentino Ariel e a alemã Christina a realizarem uma pesquisa na cidade de Crato antes de finalizarem o texto da “peça”.

“Precisamos chegar aqui dez dias antes da mostra; pois a gente tinha um pré-roteiro elaborado e o resto foi escrito a partir de entrevistas feitas na cidade. Dessa maneira, os espectadores podem conhecer um pouco mais da vida de pessoas que moram e trabalham ali, enquanto acompanham a história de João”, explica Ariel.

Ainda há tempo para saber o resultado das buscas da personagem e ter uma pequena noção da realidade dos cratenses que “atuam” na peça. Basta ir à casa de Dona Côca, na Rua José Carvalho, no Crato, às 15h30, 16h30 ou 17h30. Mas é bom não perder tempo, pois a obra só é encenada até quinta-feira (19) e tem público limitado a oito pessoas por apresentação.

Por João Noé

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